Coleçao AUTISMIND. Edição portuguesa.

Coleçao AUTISMIND. Edição portuguesa.

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A coleção de cadernos AutisMIND foi projetada para estimular o desenvolvimento da Teoria do Autismo em crianças com Distúrbios do Espectro do Autismo. É uma ferramenta de apoio para ajudar pais e profissionais a trabalhar em competências mentalistas e ensinar as crianças a colocarem-se no lugar do outro, ajustando o seu próprio comportamento para se adaptarem ao contexto. AutisMIND é constituída por 10 cadernos que abordam diferentes aspetos precursores da Teoria da Mente: Atenção conjunta, emoções básicas, emoções complexas, perceção global, Interpretação das emoções por contexto, Antecipações, Sensações Físicas, Simbolização, Sentidos e Perspetivas Visuais. Cada caderno contém mais de 100 exercícios e 5 níveis de dificuldade crescente, baseados no desenvolvimento neuro-típico da criança e foram desenvolvidos por uma equipa multidisciplinar de psicólogos, psicopedagogos e terapeutas da fala, juntamente com a participação ativa das famílias.


A Teoria da Mente

Pode-se definir a Teoria da Mente como a habilidade de inferir estados mentais (pensamentos, desejos, intenções...) em outra pessoa e utilizar dita informação para interpretar e predizer a conduta, assim como regular e organizar o próprio comportamento.

Em qualquer interação social e para poder estabelecer relações positivas com o entorno, resulta imprescindivelmente saber não somente o que alguém disse alguém; mas por que o disse. Ter em conta como o disse e antecipar suas intenções e atuar de forma esperada ao contexto.

Se vemos a um home chorar em um enterro, podemos deduzir que ele está triste e dado o contexto, que guarda relações com a morte de algum ser querido.

Automaticamente somos capazes de imaginar a tristeza pela qual o homem passa, já que simulamos a emoção de pena em nosso cérebro.

Esta representação mental; permitindo-nos a ter simpatia com o homem e ajustar a nossa conduta à situação, ademais de predizer o que pode sucedera continuação.

Em função de nossa própria experiência, recriamos possíveis cenários para antecipar o que pode necessitar, como pode reagir; o que passará, como atuará, etc.

A esta capacidade de conhecer os estados mentais dos demais e utilizá-lo para predizer sua condutam se lhe denomina Teoria da Mente (ToM).

Um déficit na Teoria da Mente implica:

  • Dificuldades para estabelecer interações sociais positivas com os demais.
  • Problemas para criar e manter amizades.
  • Ocorrência de comportamentos inadequados ao contexto ao não antecipar a repercussão das próprias ações nos outros.
  • Dificuldades para entender piadas e conotações de humor, linguagem figurada, frases feitas, ironias e, em geral, a pragmática da linguagem.
  • Rigidez cognitiva, já que somente se tem em conta seus pontos de vista, suas ideias e desejos; e não o esperado pelos outros ou daqueles que ditam as normas sociais.
  • Aumento da ansiedade, isolamento ou conflito ao encontrar-se em um mundo social que não chegam a compreender de todo (maus entendidos, aborrecimentos ou reações inesperadas; fruto da dificuldade de compreensão social).
  • Problemas de interação escolar/Laboral como conseqüência da dificuldade para relacionar-se com os outros.

Evidentemente, a falta de uma rede social que permita à criança identificar-se com os iguais, sentir-se pertencente a um grupo, criar amizades, sair, etc. Tem um grande impacto no seu desenvolvimento emocional, no rendimento acadêmico, no comportamento, etc.


Atenção Conjunta

O que é a Atenção Conjunta?

Para poder desenvolver a ToM, primeiro é necessário adquirir uma série de habilidades precursoras, que se há demonstrado correlacionar com o posterior desenvolvimento da cognição social; entre elas, a imitação a atenção conjunta e a simbolização. Estas habilidades se adquirem em idades precoces e felicitam o aprendizado de funções cognitivas mais complexas que permitirão o desenvolvimento do pensamento social. Quando aparecem dificuldades em algumas destas áreas, existe o risco de alterações futuras na comunicação y a Teoria da Mente.

Entre os 6-12 meses de idade aparece a habilidade de coordenar a atenção com a de um interlocutor em relação a um objeto de interesse para a criança.

São os primeiros protodeclarativos, e implica que a criança entenda a figura do outro diferenciada do “eu”. A atenção conjunta requer coordenação para estabelecer para uma interação triádica entre a criança, o adulto e o objeto; e deve estar reciprocamente supervisada: - Ambos interlocutores têm que estar pendentes do que está atendendo a outra pessoa e ademais, participar ativamente neste labor. (Campbell 2002). Quer dizer, devem ser conscientes que compartem um centro de interesse. (Liszkowski, 2011).

Para ele é necessário:

  • Detenção do foco de atenção: Capacidade de seguir a orientação da atenção, por exemplo, através do seguimento do olhar ou a sinalização.
  • Coordenação social: Gestão de estratégias mais complexas como revezamento ou troca de papeis.
  • Manipulação da atenção: Ser capaz de redirecionar o foco de atenção do interlocutor em direção a um objetivo ou evento de interesse.
  • Posição intencional: Ser conscientes de que toda a condutaestá orientada a um objetivo.

A capacidade de atenção conjunta aos doze meses, predize o vocabulário que adquirirá a criança. Considera-se, por tanto, que a atenção conjunta constitui a base do desenvolvimento social, cognitivo e da linguagem.

Podemos diferenciar dois tipos:

  • Resposta à atenção conjunta: Faz referência a capacidade de seguir o olhar do interlocutor em direção a o que está olhando.
  • Iniciação de atenção conjunta: Implica intencionalidade de compartilhar algo com o interlocutor de maneira espontânea, captando a sua atenção e dirigindo-a ao ponto de interesse através do olhar, gestos, verbalizações, etc.


Como utilizar o caderno AutisMIND?

As possibilidades do caderno são muitas, porém o que é verdadeiramente importante é poder adaptar a apresentação dos exercícios a cada criança, de forma que as perguntas se ajustem ao nível e características do usuário e a aprendizagem seja de acordo ao nível de cada um.

As palavras de ordem foram pensadas para começar utilizando perguntas com verbos mais simples, como: “O Quê está assinalando?” para depois passar a outras mais complexas, como, por exemplo, “O que você quer” ou “O que você gosta mais?”.

É importante conhecer que nível de compreensão tem a criança e utilizar as perguntas adequadas até assegurar-se que se pode passar a um nível de abstração maior.

Levanta-se a possibilidade de unir com uma linha com a ideia de focalizar primeiro a atenção da criança no dedo ou nos olhos da personagem principal e logo, leva-la até o objeto assinalado, porém, para a criança com mais habilidade, pode-se circular a resposta correta ou somente tocar o objeto se assim resultar mais ágil e fácil.


Se pode complementar o caderno com a app AutisMIND?

A ideia do caderno é oferecer uma maneira diferente de estimular a atenção conjunta, assim que, qualquer outro sistema que ermita praticar e desenvolver esta habilidade será muito aconselhada. De fato, se modificaram os exercícios para que não sejam iguais do que na aplicação; de forma que possam ser compatíveis as duas modalidades sem responder de memória. Do mesmo modo, aconselhamos encarecidamente colocar em prática as habilidades aprendidas no contexto natural da criança, com exercícios variados que impliquem pessoas reais e ambientes que permitam à criança reforçar também a iniciação espontânea da atenção conjunta; a continuação se propõe alguns jogos.


Jogos e atividades para estimular a atenção conjunta

  • Utilizar a sinalização no dia a dia, atuando como modelos, e utilizar de vez em quando, uma linguagem indeterminada (“Recolhe isso”, “olhe”, dá-me aquilo”).
  • Começar assinalando objetos de interesse para a criança, desde uma posição próxima ao objeto, logo, ir distanciando progressivamente.
  • Jogar jogos que implique o uso do dedo índice, como apertar botões, manuseio do tablet, estourar bolhas, telefones antigos, etc.
  • Canções e jogos onde se use o dedo índice para acompanhar (Chocalho, chocalho (1), os 5 dedinhos, papai dedo “daddy finger”).
  • Utilizar jogos de turnos, como construir uma torre, e sem falar, utilizar gestos (apontar ou olhar) para indicar quem é o seguinte a colocar uma peça.
  • Colocar objetos em uma mesa e jogar de adivinhar qual se está indicando ou qual se está olhando, mudando os papéis para trabalhar iniciação e resposta à atenção conjunta. Da mesma forma, os esconder pela habitação ou pela casa e jogar caça ao tesouro escondido, guiando somente com o olhar.
  • Tirar fotos de diferentes pessoas olhando um objeto da habitação e, em seguida, mostre-as e adivinhe o objeto com as demais crianças.
  • Aumentar a dificuldade jogando ao “vejo, vejo” com perguntas como: Quê quero comer? Quê cor eu gosto mais? Ou Quê estou pensando? Neste caso se deverá fazer gestos e expressões faciais para acompanhar o olhar, por exemplo, olhar o ar condicionado, enquanto nos encolhemos de frio.
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